Moto e Viagem: Argentina / Chile - Parte IV

Dia 13/04 acordamos bem cedo, ainda estava escuro, arrumamos a bagagem, e tomamos o desaiuno no hotel com o chá de coca, para não passarmos mal na subida da cordilheira dos andes. Tudo arrumado, pegamos a estrada pela Ruta 9, estrada antiga até Jujuy, estreita e cheia de animais na pista, porem muito bonita vale a pena encarar, pelas belas paisagens e belezas locais.

Paramos em San Salvador de Jujuy para abastecer e seguimos pela Rua 9, inicio das Cordilheiras, a paisagem já no começo vai se transformando, subindo beirando um vale, contornando as montanhas, e o vento começou a nos atrapalhar, pois estava forte e contrario a nos, porem a paisagem era tão linda que até esquecia que o vendo existia.

Chegando em Purmamarca, paramos tomar um Chá de folha de Coca novamente, e comer, paramos no meio das montanhas coloridas de Purmamarca, diferente de tudo que já tinha visto, fiquei impressionado com a beleza do local.

Entramos então na Ruta 52, e as Cordilheiras ficavam cada vez mais ingrimes, e a paisagem ficava cada vez mais bonita. Entramos na Cuesta de Lipan, Cactos foram aparecendo, e a Ruta começou a ficar com as curvas mais fechadas, chegamos a uma altitude de 4.300 mts, marcados no GPS, no ponto mais alto, quando já avistamos de longe a Grande Salina (Jujuy, Argentina), mais alguns km, e lá chegamos. Parece neve de tão branco, a Ruta corta a Grande Salina no meio, há artesãos vendendo esculturas de sal em um ponto das salinas, também há varias maquinas e caminhões, trabalhando na retirada do sal, uma pena local deveria ser preservado.
Neste trecho da viagem a temperatura foi diminuindo a cada km, aí que a Segunda pele 100 % Go Ahead faz toda a diferença, eu e a Camila estávamos equipados e não sentimos frio algum.

Seguimos para Susques, para abastecer a moto, pois já estava abaixo do meio tanque, e a Hornet tem uma autonomia de apenas 190 km com um tanque, passamos por Susques e tinha uma placa indicando que havia combustível a 3 Km, porem chegamos neste posto junto a um Hotel e não havia combustível, então voltamos e entramos em Susques para abastecer, uma cidade bem pequenina no meio do NADA. O Posto parecia de 50 anos atras, tive que buzinar para o frentista aparecer e daí ligar a bomba, é até engraçado, mas é real.

Seguimos então em direção ao Paso de Jama, fronteira com a Argentina e Chile, nesse trajeto sempre cruzará o caminho com Lhamas e Vicunhas, animais silvestre dessa região, onde cruzam sempre a ruta, devem tomar cuidado.

Chegando no Paso de Jama, há um posto de gasolina YPF novo, muito bem equipado, tem até Oxigenio para os que passam mal com a altitude. Há também uma lanchonete muito bem equipada, para aqueles que querem lanchar.

Já no Paso de Jama, a passagem foi tranquila, sem problemas, só ter um pouco de paciência com os funcionários, pois ficam de moleza pra fazer o atendimento.

Atravessando a fronteira há uma placa delimitando a fronteira, há também uma com indicando a altitude 4.320 mts, altitude, e deste ponto até San Pedro do Atacama são 157 Km, e Antofagasta 465, já no Pacífico.

Pegamos então a Ruta Chile 27, até o Deserto do Atacama, passado pela Reserva Nacional Los Flamincos. Quando pensava que não iria subir mas a grande surpresa do trajeto, um vento contra forte e mais subida, a moto tinha que rodar inclinada e com o ar rarefeito da altitude a Hornet não passava dos 90 km com o acelerador colado, aos 4.900 mts, tinha até neve no acostamento e em outros picos proximos, a temperatura estava na casa dos -1º. Logo veio a descida, incrível, descer dos 4.900 para pouco mais de 2.000 mts em San Pedro do Atacama, passando sempre o lado do Vulcão Licancabur, com seu pico nevado, chegamos ao Paso no atacama já era mais de 17:00hs mas felizes por chegar intactos ao destino.

Saindo de Salta - Rumo as Cordilheiras dos Andes